sábado, 25 de julho de 2009

As curiosidades do Giro da Italia 2009



Alguns recordes- Os italianos Alfredo Binda e Fausto Coppi e o belga Eddy Merckx são os maiores vencedores: 5 títulos. - A Itália é soberana em número de títulos: 63 vitórias. - Eddy Merckx é o ciclista que vestiu a camisa rosa por mais tempo: 77 dias. - Mario Cipollini é o ciclista com maior número de vitórias: 42 etapas no currículo. - O italiano Alfredo Binda é o segundo colocado nos dois quesitos anteriores. Ele ficou com a camisa rosa durante 59 dias e venceu 41 etapas. - Em 1940, Fausto Coppi tornou-se o campeão mais jovem. Vinte anos, oito meses e 25 dias. - Fiorenzo Magni é o vencedor mais velho. Quando venceu em 1955, tinha 35 anos. - Magni também detém o recorde do título com menor diferença de tempo em relação ao segundo colocado - em 1948, venceu com onze segundos de vantagem sobre Ezio Cecchi.
Troféu BonacossaDesde 1989, a imprensa especializada escolhe um ciclista como o destaque do Giro d´Itália. Este prêmio é intitulado Troféu Alberto Bonacossa.
Troféu Vincenzo TorrianiEste prêmio é uma homenagem ao ex-patrão do Giro, que faleceu em 1996, e chega a sua 13ª edição. Este ano ficará com o Troféu Vicenzo Torriani o ciclista vencedor da 20ª etapa, a mesma do "Cima Coppi".

quinta-feira, 23 de julho de 2009

CURIOSIDADES DO TOUR DE FRANCE


O Tour de France atraí, anualmente, milhões de fãs de todo o mundo. Mas ao contrário de esportes mais populares, o ciclismo de alto nível é um esporte complicado. Não é apenas uma disputa de ciclistas para cruzar a linha de chegada. O Tour é um intrincado jogo de xadrez em alta velocidade, com táticas, inteligência e determinação são tão importantes quanto a boa forma física.
Para ajudar a entender esse esporte dinâmico, a VO2 responde algumas dúvidas freqüentes sobre o Tour de France:
Como os fãs acompanham a corrida? O que acontece quando eles interferem na prova?
Uma das atrações do Tour é a proximidade dos fãs com os seus heróis do ciclismo. Diferente de outros esportes, nos quais os espectadores compram ingresso para acompanhar em arquibancadas, os fãs do ciclismo podem acompanhar de graça a prova na pista e se aproximar para pegar autógrafos e tirar fotos. Em etapas importantes, principalmente nas montanhas, fãs acampam dois ou três dias antes no percurso para poderem ter uma boa visão dos atletas.
Estima-se que cerca de 400 mil pessoas ocuparam dezesseis quilômetros do Alpe d’Huez em 2005. Alguns espectadores se tornam figuras tradicionais das corridas, como o alemão Didi “El Diablo”, que acompanha várias provas com de seu tridente, já fazem parte do “circo do Tour”.
Os fãs interferem na prova, às vezes. Em 1999, Giuseppe Guerini caiu de sua bicicleta depois que um fã parou em sua frente para tirar uma foto. Por sorte, ele se recuperou e venceu a etapa. Em 1975, um torcedor francês agrediu o belga Eddy Merckx na subida do Puy de Dôme. Os torcedores costumam empurrar os ciclistas em algumas subidas, mas o atleta pode ser penalizado se for pego incentivando a ajuda.
Muitas pessoas aproveitam o Tour para manifestações políticas. Greves e protestos já interromperam a prova algumas vezes. Em 2000, separatistas bascos cruzaram a linha de chegada sobre bicicletas, em Courchevel, e confundiram os comentaristas de TV. Algumas vezes, os próprios ciclistas interrompem a prova para protestar. Como os ciclistas se comunicam com o carro do diretor técnico? Todos eles usam rádio?
Desde os anos 90, os ciclistas têm usado rádios de baixa freqüência para se comunicar com os companheiros de equipe e os diretores, que estão acompanhando a corrida no carro. Fones de ouvidos são presos com fita e um pequeno microfone é preso na gola ou no capacete, permitindo que a comunicação. Algumas pessoas acham que o rádio tira o elemento surpresa da corrida. Antes, os ciclistas precisavam ser muito mais autoconfiantes e atentos para se manterem informados sobre a disputa. Os times tinham capitães. Atletas mais experientes, encarregados de perceber as movimentações do pelotão e ajudar nas decisões táticas da prova. Com pequenos televisores instalados nos carros, hoje em dia, os próprios diretores esportivos acompanham a ação e avisam aos seus comandados quando um há alguma escapada sendo planejada.
No Tour de France 2009, duas etapas terão a comunicação por rádio proibido. Será um teste para uma possível mudança definitiva no regulamento. Quando um ciclista tem um pneu furado, como ele faz? Quais são as regras para o seu retorno à prova? Eles têm que parar a bicicleta para ajustar os problemas mecânicos?
Os mecânicos podem acompanhar toda a prova. Em cada etapa, cada equipe viaja com algumas bicicletas, rodas e outras peças para repor assim que necessite. Quando um ciclista tem um pneu furado, o mecânico vai com o carro próximo ao atleta e realiza a troca o mais rápido possível, os melhores em cerce de 20s. Quando isso acontece com um ciclista importante, os outros ciclistas do mesmo time aguardam para ajudá-lo a retornar ao pelotão.
As bicicletas também podem sofrer reparos sem que o ciclista pare. O posicionamento do banco, por exemplo, pode ser ajustando com o atleta se aproximando do carro e o mecânico fazendo o reparo pela janela. Os ciclistas também podem trocar de bicicletas com outro que tenha sofrido algum problema mecânico mais sério. Além disso, a organização providencia um carro neutro que auxilia um ciclista com problema, quando este está longe do carro de apoio de sua equipe.
Não existem regras mas um código de esportividade induz os atletas a não atacarem enquanto outros sofrem de problemas mecânicos. Em uma ocasião, o heptacampeão Lance Armstrong caiu nos Pirineus. Os rivais diminuíram o ritmo para que ele retornasse ao grupo e os ciclistas pudessem lutar em igualdade pela vitória.
Como os organizadores decidem a ordem da caravana e como os carros da equipe seguem o pelotão? Quem pilota o carro?
Cada equipe tem dois carros oficiais na prova e sua ordem é determinada pelo desempenho das equipes na competição. Usualmente, eles são pilotados pelos técnicos e diretores da equipe. No time da CSC, o diretor-técnico Bjarne Riis é usualmente quem dirige o carro imediatamente atrás do pelotão. O segundo carro da equipe fica mais atrás e acompanha os ciclistas que ficam para trás.Quando os escapados abrem uma boa vantagem para o pelotão principal, a organização permite que os carros dos times dos ciclistas passem pelo pelotão e vão acompanhar seus atletas.
O que os ciclistas comem e bebem na corrida?
Um ciclista pode queimam até 5 mil calorias por dia em uma etapa plana. Nas montanhas o número chega a 8 mil. Então, eles têm que comer e correr durante a prova. No começo do Tour, quando as etapas era muito longas, os ciclistas paravam para se alimentar em restaurantes. Depois, as equipes de apoio passaram a levar barras energéticas, garrafas d’água e sanduíches para que os atletas continuassem pedalando.Atualmente, as corridas não são interrompidas, mas existem ao longo do percurso momentos em que a equipe de apoio pode aguardar pelo ciclista com comida. Os carros das equipes também levam alimentos e água, mas não podem servir os atletas nem nos primeiros 50 km nem nos 20 km finais. Normalmente, um gregário é escalado para pegar as garrafinhas d’água e os alimentos e levar até os demais membros da equipe que permanecem junto ao pelotão.
Como os atletas vão ao banheiro? Eles fazem isso com frequência?
Com etapas que duram cerca de sete horas, é inevitável o chamado da natureza. Os ciclistas se esforçam para ir ao banheiro antes de cada etapa. Quando eles precisam ir ao banheiro com urgência eles saem do percurso para resolver o problema. Em algumas etapas muito longas os organizadores colocam banheiros químicos no percurso e muitos ciclistas param enquanto os outros reduzem o ritmo. O código esportivo também prega que os ciclistas não ataquem no momento em que outro vai ao banheiro. Em alguns casos, os ciclistas resolvem o problema em cima da própria bike, sem parar. Uma manobra arriscada e muitas vezes imprecisa.
O que os ciclistas fazem quando terminam a etapa?
Quando os atletas cruzam a linha de chegada, eles habitualmente vão para o motorhome. Esses ônibus superequipados contam com chuveiros, camas, cozinhas e televisores. Os vencedores da etapa e os líderes da competição vão para o pódio e outros ciclistas podem ser escalados para o exame anti-doping ao final da etapa.
Normalmente, os ciclistas seguem para os hotéis nos ônibus da equipe ou de carro. Às vezes, eles seguem na própria bike. No hotel, os ciclistas recebem uma massagem, jantam e descansam para a etapa seguinte. Alguns ciclistas dão entrevistas para jornalistas ou recebem a visita de familiares e amigos. Pela manhã, os mecânicos acertam os últimos detalhes da bicicleta dos competidores. Depois, o time segue no ônibus da equipe para o local onde será a largada. Porque o ciclista que veste a camisa amarela nem sempre é o vencedor da etapa?
No ciclismo, a maioria das competições, incluindo o Tour de France, tem como principal vencedor o atleta com o melhor tempo na somatória de todas as etapas. Assim, o ciclista que vence uma etapa e vai muito mal em outra, com certeza não vence na geral.
Um exemplo claro são os sprinters, como Tom Boonen e Alessandro Petacchi. Eles vencem várias etapas, mas perdem tanto tempo na montanha que ficam fora da luta no geral. Enquanto isso, um atleta que mantém um equilíbrio em todos os tipos de terreno é um forte candidato ao título. Lance Armstrong, por exemplo, ganhou um dos seus sete títulos, em 2000, vencendo apenas uma etapa.
Como é feita a classificação por equipes?
No Tour, cada equipe compete com 9 atletas. Mas na classificação por equipes apenas os três melhores no momento contam pontos para o time. Assim, quando um ciclista entre os nove abandona, ele não compromete o desempenho do time na classificação geral por equipes.
Qual é a ordem de largada nos contra-relógios?
Em cada contra-relógio, a ordem de largada é inversa à da classificação geral. Assim, o primeiro colocado é o último a largar. O intervalo entre as saídas também varia. Enquanto entre os que começam o contra-relógio saem de um em um minuto, os dez últimos largam com uma diferença de dois minutos.O que é um “domestique” ou gregário?
Um domestique, conhecido no Brasil como gregário, é um ciclista que tem como função principal trabalhar pelo sucesso do líder da equipe. Os gregários buscam os alimentos e as garrafas de água nos carros da equipe, protegem o líder de quedas e dão a bike para o companheiro sempre que ele sofre com algum problema mecânico.
Qual velocidade os ciclistas atingem?
A velocidade varia com o perfil das etapas. Os ciclistas podem ultrapassar os 100 km/h em uma descida e os velocistas alcançam mais de 70 km/h no sprint final. Mas a média geral de um Tour de France é de 40 km/h.
É permitido trocar de bicicleta durante a etapa?
Sim. E isso é comum. Muitas vezes, um ciclista tem um problema mecânico no qual é mais fácil substituir a bicicleta, como em um contrarrelógio, por exemplo. Há, também, casos de ciclistas que substituem o tipo de bike, de acordo com o perfil altimétrico da etapa.

A parceria dos irmaos (Schleck)




Mesmo com o final em descida, a 17ª etapa do Tour de France 2009 foi palco de surpresas e de corajosas iniciativas que marcaram a disputa pelo título da competição. Vencida por Franck Schleck (Saxo Bank), que protagonizou a fuga decisiva do dia junto com seu companheiro de equipe e irmão mais novo, Andy Schleck, e com o camisa amarela e grande favorito Alberto Contador (Astana). O primeiro fato do dia foi o consistente ataque de Thor Hushovd (Cervélo). Dono da camisa verde, de líder da classificação por pontos, o norueguês mostrou que, além de sprinter, é também um bom escalador. Mas sua meta não eram os pontos de montanha, e sim as duas metas volantes de sprint, vencidas por ninguém menos que ele. Hushovd manteve a liderança até o início da quarta montanha do dia, o Col de Romme, de primeira categoria, onde um grupo com 20 perseguidores o alcançou. Dentro deste pelotão, estava Franco Pellizotti (Liquigas), este sim disputando a classificação de montanhas, da qual é líder. No entanto, antes do final da escalada, o grupo já havia sido ultrapassado, e foi na subida que começou a briga entre os favoritos. Primeiro, Carlos Sastre (Cervélo) arriscou um ataque que acabou mal-sucedido. Alcançado o espanhol, o grupo, que contava com Lance Armstrong (Astana), Andréas Klöden (Astana), Contador, irmãos Schleck, Bradley Wiggins (Garmin-Slipstream) e Christian Vande Velde (Garmin-Slisptream) e Vicenzo Nibali (Liquigas), foi quebrado por sucessivos ataques de Andy Schleck. A cada vez que o luxemburguês arrancava, Contador, o único capaz de aguentar o ritmo do camisa branca, grudava em sua roda, e os dois eram seguidos por Frank Schleck e Klöden. Depois de forçar algumas vezes o ritmo, Andy conseguiu quebrar o pelotão e os quatro corredores seguiram juntos, sempre com Frank trabalhando para seu irmão mais novo. Porém, depois de acompanhar o grupo algum tempo, Klöden não agüentou e, na segunda escalada, ficou para trás. Mas a disputa continuou tão acirrada quanto antes e os três líderes remanescentes continuaram lutando com muita habilidade contra a lei da gravidade. Lance Armstrong, que pedalava em um grupo junto com Wiggins, Vande Velde e Nibali, atacou e concluiu solitário a última escalada do dia, mas não antes de Klöden. A partir do topo do Col de la Colombière, os quilômetros finais foram uma longa descida, com um trecho de muitas curvas e outro com uma boa reta para desenvolver a velocidade. O trio de líderes aproveitou a gravidade, contra a qual tanto haviam lutado, para abrir mais a vantagem em relação aos demais ciclistas, e Nibali aproveitou para alcançar Armstrong. Porém, a descida não era longa o bastante para os ciclistas se reagruparem e as diferenças foram mantidas até a linha de chegada, que primeiro foi cruzada por Frank, Contador e depois Andy. Os irmãos Schleck comemoraram juntos e Andy, mesmo que não tenha chegado em primeiro, foi o que mais se animou, pois alcançou o segundo lugar na classificação geral, deixando Lance Armstrong a 1min29s. Frank também obteve melhoras na colocação geral e agora se encontra na terceira posição. A 2min08s, chegou Nibali, seguido por Armstrong. Klöden chegou 19s depois e Wiggins a 3min07s de Frank Schleck. Amanhã, dia 22, será realizada a 18ª etapa do Tour de France 2009, um contrarrelógio individual de 40 km realizado em Annecy. Praticamente plano, o percurso do CRI apresenta uma subida de terceira categoria e longas retas, onde será possível desenvolver grande velocidade. Mas a segunda parte da etapa exige mais técnica, embora não compense a falta de curvas da primeira.Classificação na etapa: 1) Fränk Schleck (LUX/ Saxo Bank) em 4h53min54s2) Alberto Contador (ESP/ Astana) m.t 3) Andy Schleck (LUX/ Saxo Bank) m.t 4) Vincenzo Nibali (ITA/ Liquigas) a 2min08s 5) Lance Armstrong (EUA/ Astana) m.t 6) Andreas Klöden (ALE/ Astana) a 2min27s 7) Bradley Wiggins (GBR/ Garmin – Slipstream) a 3min07s 8) Christophe Moreau (FRA/ Agritubel) a 4min09s 9) Christian Vande Velde (EUA/ Garmin – Slipstream) m.t 10) Rémi Pauriol (FRA/ Cofidis) a 6min10s Classificação geral: 1) Alberto Contador Velasco (ESP/ Astana) em 72h27min09s 2) Andy Schleck (LUX/ Saxo Bank) a 2min26s 3) Fränk Schleck (LUX/ Saxo Bank) a 3min25s 4) Lance Armstrong (EUA/ Astana) a 3min55s 5) Andreas Klöden (ALE/ Astana) a 4min44s 6) Bradley Wiggins (GBR/ Garmin – Slipstream) a 4min53s 7) Vincenzo Nibali (ITA/ Liquigas) a 5min09s 8) Christian Vande Velde (EUA/ Garmin – Slipstream) a 8min08s 9) Christophe Le Mevel (FRA/ Française des Jeux) a 9min19s 10) Mikel Astarloza (ESP/ Euskaltel – Euskadi) a 10min50s